Em dezembro do ano passado, noticiamos o primeiro relato de assédio sexual no metaverso, quando uma usuária afirmou que seu avatar foi tocado por um estranho, e os outros presentes não tiveram nenhuma reação. No entanto, outro caso, ainda mais grave, foi registrado no mesmo mês. A psicoterapeuta Nina Jane Patel acessou o metaverso da Meta para investigar o impacto psicológico e fisiológico da tecnologia em crianças e adolescentes de 8 a 16 anos, porém, nos primeiros minutos de uso foi atacada por quatro avatares masculinos.
A usuária afirmou que inicialmente recebeu assédio verbal, e que depois foi seguida e "tocada" pelos avatares, que repetiam que ela estava ali pois queria ser assediada. A situação lhe deixou tão perturbada, que ela não conseguia se lembrar dos recursos de bloqueio, tendo que tirar os fones de ouvido para fugir do ataque.
Seu sofrimento foi questionado por não haver de fato nenhum tipo de contato físico, pois não era um mundo real, porém, para a pesquisadora, a tecnologia é projetada para replicar a realidade, e com a tecnologia atual, as linhas entre o mundo real e o virtual ficaram borradas.
Para a advogada Marina Ganzarolli, "as desigualdades de gênero são transportadas para o mundo digital: ou seja, não são novas formas de violências, mas utilizam outros recursos e espaços para serem disseminadas", reproduzindo as dinâmicas de poder que atingem as mulheres.
Seguiremos acompanhando!
Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/06/03/estupro-no-metaverso-o-aconteceu-comigo-foi-real.htm
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