Com a redução do número de casos de Covid-19 ao redor do mundo, decorrente da grande cobertura vacinal, muitos trabalhadores que foram colocados em regime de 'home office' estão sendo forçados a voltar aos escritórios.
Porém, o trabalho remoto veio pra ficar, demonstrando vantagens para empregados e empregadores, poupando tempo, custos e estresse relacionados à locomoção, realidade que apresenta novos desafios regulatórios, a começar por uma distinção clara entre o tempo de disponibilidade ao empregador e o tempo reservado à vida privada.
Por outro lado, também será necessário pensar normas que garantam a igualdade entre trabalhadores presenciais e remotos, considerando, por exemplo, questões de gênero, já que, em muitos casos, existe a preponderância feminina no trabalho de meio período e cuidados não compartilhados e não socializados.
Da mesma forma, também existe um grande risco relativo à terceirização por meio de plataformas, semelhante ao que ocorre com serviços de logística e de transporte de passageiros, provocando a precarização do mercado de trabalho de forma geral. Todas essas questões devem ser consideradas para construção de novas regras trabalhistas compatíveis com essa realidade.
Seguiremos acompanhando as questões relativas ao mercado de trabalho!
Fonte: https://socialeurope.eu/working-from-a-distance-remote-or-removed
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