O Spotify, após ser acusado de omissão no combate à desinformação em sua plataforma, anunciou medidas para fornecer informações aos usuários sobre a Covid-19.
Tudo começou na última semana de janeiro, quando o artista Neil Young promoveu um movimento de boicote ao serviço de streaming, exigindo a retirada de todas as suas músicas, em razão da recusa do Spotify em remover o conteúdo do podcast de Joe Rogan, que promove discurso negacionista e antivacina.
Assim, em resposta à pressão que vem sofrendo de artistas e de ouvintes, foi anunciada a inclusão de links em todos os podcasts que mencionarem o coronavírus, direcionando os usuários para informações verificadas. O efeito econômico do boicote promovido por Neil Young é notório. A empresa sueca perdeu 6% do valor de mercado na bolsa, equivalente a mais de 2 bilhões de dólares.
Apesar do prejuízo, o Spotify não se mostrou disposto a censurar e remover qualquer desinformação relacionada à pandemia. Talvez porque o podcast “Joe Rogan Experience” seja um dos mais populares do mundo, conhecido por dar espaço às teorias da conspiração de extrema direita, e tem um contrato de exclusividade com a empresa estimado em US$ 100 milhões.
O caso renova a discussão sobre a responsabilidade de redes sociais e plataformas de streaming sobre o conteúdo veiculado por terceiros. Com muito mais abrangência do que as mídias tradicionais, elas têm proporcionado a organização e a expansão de grupos extremistas, muitos deles ameaçando a democracia e a saúde pública, ganhando muito dinheiro com isso (veja nosso post sobre o Telegram).
A regulamentação correta dos serviços digitais se mostra urgente! Nós seguiremos atentos às novidades!
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/01/spotify-anuncia-combate-a-desinformacao-sobre-covid-apos-saida-de-neil-young.shtml?pwgt=l94mlh24hvapiunlx8q9sl3by21ueu1geb3agvozbl428s1u&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagift
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