De acordo com a reportagem do NYT, por US$ 29,99 por mês, um site chamado PimEyes oferece acesso a um software de reconhecimento facial que, a partir do upload de uma foto, varre a internet atrás de imagens da mesma pessoa.
Uma busca leva meros segundos. Você carrega uma foto de um rosto, verifica uma caixa concordando com os termos de serviço e, em seguida, recebe uma grade de fotos de rostos considerados semelhantes, com links para onde eles aparecem na internet.
Ao testar o serviço, o site foi capaz de encontrar fotos da pessoa mesmo quando usavam óculos escuros ou uma máscara, ou seu rosto foi afastado da câmera, na imagem usada para realizar a busca.
Para as mulheres, as fotos incorretas muitas vezes vinham de sites pornográficos, o que era perturbador na sugestão de que poderiam ser elas.
O novo dono da PimEyes é Giorgi Gobronidze, um acadêmico de 34 anos que diz que seu interesse em tecnologia avançada foi desencadeado por ataques cibernéticos russos em seu país natal, a Geórgia.
Uma das histórias levantadas pelo NYT foi a da engenheira da computação Cher Scarlett. Em 2005, aos 19 anos, ela estava sem dinheiro e fez um trabalho para a indústria pornográfica. Ela odiou e desistiu imediatamente da ideia. Mas, pelo PimEyes, descobriu que suas imagens continuavam no ar.
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No próprio programa de reconhecimento facial, ela descobriu que havia uma opção para remover as fotos: o plano premium PROTect que custava até US$ 299,99. “É basicamente extorsão”, afirma ela, que pagou pelo plano mais caro.
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Seguiremos acompanhando os riscos das tecnologias de reconhecimento facial.
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Fonte: https://www.nytimes.com/2022/05/26/technology/pimeyes-facial-recognition-search.html#:~:text=The%20New%20York%20Times%20used%20PimEyes%20on%20the,in%20the%20image%20used%20to%20conduct%20the%20search.
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