De acordo com levantamento do site MobileTime em parceria com a empresa de pesquisas online Opinion Box, atualmente, o Telegram já está instalado em 53% dos smartphones no país, taxa que era de apenas 15% em 2018, tendo se popularizado como alternativa ao WhatsApp em ocasiões em que o aplicativo do Facebook, o mais usado para mensagens no país, caiu - em algumas ocasiões, por decisões judiciais. Além disso, a rede social se vende em seu próprio site como "bem mais seguro que o WhatsApp", ideia que vem se propagando.
Fundado em 2013 na Rússia pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov, o Telegram funciona na nuvem e tem sede em Dubai. Nos últimos anos, mudou de jurisdição várias vezes para fugir de problemas regulatórios e garantir sua política de mínima moderação de conteúdo.
O GLOBO conseguiu acessar conteúdos como pornografia infantil, vídeos de tortura e execuções, apologia ao nazismo, comércio ilegal e uma rede de desinformação sobre vacinas no aplicativo.
Segundo informações, parte desses assuntos circula em grupos secretos, acessíveis apenas a quem encontra ou recebe os links de entrada. Como algumas publicações envolvem crimes, a linguagem é cifrada. Para não serem rastreados, o termo “CP” (child pornography) aparece geralmente simbolizado por emojis, a palavra “vacina” é escrita de ponta-cabeça, e “nazi” aparece com tipografias góticas, por exemplo.
A autodestruição de mensagens, os grupos secretos com até 200 mil pessoas, o anonimato e a ferramenta de busca interna são características que tornam o Telegram uma ferramenta poderosa para a atuação de criminosos.
Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/telegram-abriga-pornografia-e-venda-de-armas-e-e-potencial-vilao-das-eleicoes.html?utm_source=aplicativoOGlobo&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar
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